Laudo confirma: família foi envenenada no almoço de 1º de janeiro que resultou na morte de duas pessoas

Laudo confirma: família foi envenenada no almoço de 1º de janeiro que resultou na morte de duas pessoas
Publicado em 06/01/2025 às 1:37

Outras três vítimas estão internadas. Chumbinho (veneno para matar rato) foi colocado na refeição

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Reportagem do Fantástico deste domingo (05) revela que o laudo, obtido pela equipe de jornalismo, confirma que a comida de uma família no Piauí foi envenenada. Duas pessoas (entre elas, uma criança com menos de dois anos de vida) morreram e outras três estão em estado grave. A polícia agora vai investigar o responsável por colocar chumbinho (veneno geralmente usado para matar ratos) no arroz. 

Francisca Maria e duas filhas, de quatro e três anos, continuam internadas após ingerirem os alimentos envenenados. As crianças foram transferidas de Parnaíba para um hospital em Teresina. A avó das meninas, Maria dos Aflitos da Silva, que decidiu por não almoçar, testemunhou cenas desesperadoras em volta da mesa. “Terminaram de comer e meu menino já começou a passar mal, e aí foi um atrás do outro, não sabia o que fazia. Se acudia um ou se acudia o outro”, relatou.

Manuel dos Santos, de 18 anos, filho de dona Maria, morreu ainda na ambulância. Igno Davi da Silva, de apenas 1 ano e 8 meses, filho de Francisca Maria, também faleceu, no hospital. Outras quatro pessoas que comeram o almoço tiveram complicações leves.

Relembre o caso

O almoço do dia 1º de janeiro tinha sobras da ceia do dia 31. Maria de Fátima Silva, uma das responsáveis pela preparação da refeição, explicou que tudo parecia normal. “A gente fez o arroz, quem fez foi eu. A gente fez o feijão tropeiro, fiz o baião, todo mundo jantou, ninguém passou mal, nada. Todo mundo normal”, afirma.

O cardápio também incluía peixes doados por um casal, que faz doações a famílias pobres da cidade. “Aqui mesmo dentro da minha própria casa, a gente consumiu manjuba. Gente que trabalha pra gente consumiu manjuba no mesmo dia e não passaram mal”, diz o casal doador, que preferiu manter a identidade preservada.

Com informações do G1.