Destruída pelo fogo em 2019, Catedral de Notre-Dame é reinaugurada em Paris; veja fotos

Destruída pelo fogo em 2019, Catedral de Notre-Dame é reinaugurada em Paris; veja fotos
Publicado em 08/12/2024 às 17:24

A partir desta segunda-feira (9), a catedral poderá ser visitada por turistas

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A primeira missa celebrada na Catedral de Notre-Dame, após ser restaurada devido ao incêndio que devastou o prédio centenário, em 2019, aconteceu neste domingo (8). 

Uma das maiores catedrais do Ocidente, considerada Patrimônio Mundial da Unesco, a Notre-Dame foi reaberta no sábado (7). A construção da catedral começou por volta do ano 1163 e se estendeu por dois séculos, até 1345.

Catedral de Notre-Dame após reforma (Foto: Jean-Baptiste Gurliat/ Ville de Paris).

Ontem, as portas da Catedral foram abertas às 19h21 (15h21 de Brasília) e mais de 30 chefes de Estado compareceram à reinauguração. 

O arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, iniciou a caminhada para dentro do templo, acompanhado da comitiva de autoridades eclesiásticas e seguido pelo presidente da França, Emmanuel Macron, a esposa dele, Brigitte, e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo.

A cerimônia contou com apresentação do coral de jovens e a esperada reinauguração do grande órgão. O instrumento, que tem mais de 3 séculos de idade, foi desmontado e totalmente restaurado.

Já neste domingo, a missa foi apenas para convidados e não teve tantas presenças ilustres.

Catedral de Notre-Dame após reforma (Foto: Jean-Baptiste Gurliat/ Ville de Paris).

A mensagem pastoral foi proferida pelo arcebispo de Paris. “Oro por nosso país, que está olhando para o futuro com inquietude”, afirmou Ulrich.

A fala foi apontada como uma alusão do arcebispo ao presidente Macron, que enfrenta fortes críticas a seu governo, inclusive com parte da oposição pedindo sua renúncia.

A derrubada do primeiro-ministro escolhido por ele em setembro, Michel Barnier, após voto de censura da Assembleia Nacional, também contribuiu para a crise. 

Visitações

A partir desta segunda-feira (9), a catedral poderá ser visitada por turistas. Segundo recomendação da diocese de Paris, o ideal é reservar um lugar pelo site oficial, com 48 horas de antecedência. A entrada será gratuita.

Visitantes sem reserva poderão ocupar uma fila separada, mas são previstas várias horas de espera.

O governo francês chegou a propor a cobrança de € 5 (cerca de R$ 31) pela entrada, mas a possibilidade desagradou a Igreja Católica. 

O papa Francisco, que recusou convite de Macron para a reinauguração da Notre-Dame, tocou no assunto na mensagem que enviou para ser lida na cerimônia deste sábado, pedindo que os fiéis fossem recebidos “generosamente e gratuitamente” na catedral reaberta.

O incêndio e a restauração

Catedral de Notre-Dame após reforma (Foto: Jean-Baptiste Gurliat/ Ville de Paris).

Os primeiros alarmes de incêndio soaram na catedral por volta das 18h, no horário local, do dia 15 de abril de 2019. Uma missa foi interrompida e os visitantes foram retirados do local, mas não havia sinal imediato de fogo.

Pouco mais de 1h depois, a famosa torre da catedral caiu. As imagens correram o mundo, em tempo real. Somente na manhã do dia seguinte, segunda-feira, os bombeiros puderam anunciar que o fogo havia sido extinto. 

O incêndio ainda revelou um sério risco à saúde. Quando as chamas derreteram o telhado, toneladas de pó de chumbo tóxico foram liberadas no ar e se depositaram em Paris, revelando que a cidade não tinha padrões para medir o perigo do pó de chumbo ao ar livre. 

O projeto da reforma de Notre-Dame custou cerca de 700 milhões de euros, o que representa algo em torno de R$ 4,4 bilhões. O dinheiro foi arrecadado de diversas formas e a partir de 340 mil doadores de 150 países, inclusive por meio de doações de bilionários franceses do setor de luxo, como François Henri Pinault e a família Arnault.

As arrecadações foram tão bem-sucedidas que “sobraram” 150 milhões de euros, cerca R$ 950 milhões, que serão usados em melhorias externas da igreja.

Catedral de Notre-Dame após reforma (Foto: Jean-Baptiste Gurliat/ Ville de Paris).

*Com informações do UOL e CNN.

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